O Zika Vírus foi descoberto a pouco tempo e tem como seu mosquito transmissor o Aedes aegypti, o mesmo da dengue.
Os sintomas são parecidos, porém mais brandos. Pacientes apresentam manchas na pele, febre, dor nas articulações e na cabeça.
O governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus zika e a microcefalia, uma infecção que provoca má-formação do cérebro dos bebês.
O que poucos sabem é que o zika vírus também pode acometer os olhos.
É comum o achado de conjuntivite e fotofobia (dificuldade com a luz).
Como existe uma associação com a dengue, devemos ficar atentos aos sintomas mais graves que ela pode causar. Ainda não foi confirmado que o zika vírus causa as mesmas lesões oculares que a dengue mas o exame oftalmológico deve ser realizado, minuciosamente, em busca desses achados.
A dengue causa diminuição dos linfócitos e plaquetas. Além disso, o sistema imune produz mais anticorpos para combater a doença.
A diminuição das plaquetas aumentam o sangramento. Desta forma, pode ocorrer hemorragia subconjuntival, dando o aspecto do olho vermelho.
A maior preocupação é o acometimento da coróide (rede vascular que nutre o olho) e retina (responsável pela transmissão visual ao cérebro).
O aumento de anticorpos na parede interna dos vasos pode aumentar as chances de oclusão vascular (derrame ocular).
Pacientes fumantes, diabéticos, portadores de colesterol alto e outros problemas vasculares são mais propensos à esta complicação da dengue.
Após o diagnóstico do zika vírus, é importante a realização do mapeamento de retina por um oftalmologista.
Neste exame, podemos avaliar a vascularização retiniana e observar as chances de oclusões vasculares e hemorragias.